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Brasil Melhora Acesso à Educação, Mas Desafios Persistem

Marco Aurélio

Wed, 22 Jan 2025

Brasil Melhora Acesso à Educação, Mas Desafios Persistem

O Brasil avançou significativamente no acesso à educação nas últimas décadas, melhorando o número de matrículas e o nível de escolaridade da população. No entanto, o país ainda enfrenta desafios importantes, especialmente em relação à desigualdade educacional. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou relatórios analisando as políticas educacionais brasileiras e apontando áreas que necessitam de melhorias.


Avanços e Desafios na Educação Brasileira


Avancos

• Aumento no número de matrículas escolares

• Melhoria no nível de escolaridade da população

• Implementação de políticas como Bolsa Família e cotas universitárias


Desafios

• Redução da desigualdade na educação

• Efeitos da pandemia no acesso ao ensino remoto

• Fortalecimento do Sistema Nacional de Educação


Contexto

• Em 2018, 20% da população vivia abaixo da linha da pobreza

• A pandemia aprofundou a recessão econômica

• Brasil entre os países mais desiguais do mundo




Estatísticas de Desigualdade na Educação

Indicador

Pop. Negra/Parda


Pop. Branca


Conclusão do ensino médio (2018)

60%76%

Acesso ao ensino superior (18-24 anos, 2018)

18%36%
Jovens que não estudam nem trabalham (18-24 anos, 2019)
25%17%

Estes dados sugerem que a desigualdade leva negros e pardos a deixarem a escola para trabalhar, perpetuando ciclos de desigualdade.



Ações Recomendadas pela OCDE


Investir em Educação Infantil

Ampliar o acesso à creche para crianças de 0 a 3 anos, especialmente para a população mais carente. Em 2020, 51% das crianças mais ricas estavam em creches, contra 26% das mais pobres.

Evitar a Reprovação

A reprovação traz efeitos indesejáveis, não garante a aprendizagem e aumenta os custos. Países com menos reprovações tendem a ter melhor desempenho geral.

Manter a Política de Cotas

Especialistas defendem a extensão da política de cotas, implementada em 2012, acompanhada por programas de assistência financeira e diversidade no conteúdo acadêmico universitário.



Conclusão e Perspectivas

Olavo Nogueira Filho, do Todos pela Educação, destaca que praticamente nenhuma das recomendações da OCDE está no escopo de atuação do atual governo brasileiro. As prioridades do Ministério da Educação, como escolas cívico-militares e homeschooling, não se alinham com as recomendações do relatório. Isso cria um descolamento significativo entre as políticas atuais e as necessidades identificadas pela OCDE para melhorar a educação no Brasil.

"Quando o assunto é educação, é de se destacar que praticamente nada do que a OCDE está recomendando está no escopo de atuação do atual governo. As agendas que o Ministério da Educação tem priorizado, como as escolas cívico-militares e o homeschooling, não tem relação com o que o relatório recomenda que deveria ser prioridade. Para um governo que tanto valoriza a OCDE e quer fazer parte deste grupo de países, fica um descolamento muito grande"


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